Em alusão ao Dia do Trabalhador, na próxima segunda-feira (1º de maio), o Serviço Especializado em Saúde e Medicina do Trabalho (SESMT), ligado à Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos, promoveu nesta quarta-feira (26), palestra “As transformações da organização do trabalho no mundo moderno e a luta da classe operária para a preservação da saúde mental”. O evento reunindo servidores municipais de diferentes pastas, aconteceu no auditório da sede da Prefeitura.
O psicólogo do SESMT, Jorge Amaral, falou sobre saúde mental no ambiente de trabalho e o advogado e diretor jurídico da Santa Casa de Misericórdia, Paulo Paes Filho, sobre assédios moral e sexual. Os palestrantes apontam que hoje, de acordo com estatísticas, cerca de 1 bilhão de pessoas sofrem algum tipo de doença mental no mundo, com custos que chegam a 1 trilhão de dólares para tratamento. Neste contexto, o Brasil é o 2º maior produtor da doença na América Latina.
– Esse tema é muito provocativo. Existem dois polos, o primeiro é a organização do trabalho onde estão empresários e órgãos de produção. O segundo é a classe operária, a força que produz. E esses dois extremos devem estar em consonância. De acordo com o INSS, 16% da população hoje sofre de doença mental. Para ter saúde, é preciso equilíbrio psíquico, além de emprego, casa, namorado (a), entre outros – explicou o psicólogo.
O advogado Paulo Paes, afirmou que a questão do assédio sexual é delicada, especialmente, porque quem pratica faz parecer que não é ou, então, que a vítima teria entendido errado. “E se tratando de assédio moral, tem também a Lei 13.146, que trata da discriminação por assédio em caso de pessoas com deficiência. Existe hoje uma gama de leis para prevenir e combater assédios, mas todos nós somos responsáveis nesta luta, neste combate”, acrescentou o advogado.
O coordenador do SESMT, Sidney Guzzo, afirma que a rede municipal conta com equipamentos para cuidar da saúde mental do trabalhador, além do órgão, como o Programa de Atenção à Saúde do Trabalhador (PAST) e o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), ligados à Secretaria de Saúde. “Para os casos de assédio moral e sexual no trabalho, existem ainda diferentes mecanismos de combate, como denúncia administrativa e, de acordo com a necessidade, denúncia no Ministério Público do Trabalho Estadual, Ministério Público e na Delegacia Policial”, finaliza.